segunda-feira, maio 10, 2010

Everybody's changing and I don't feel the same

Pela tarde, enquanto lava a louça do almoço, ouvi no rádio a música Everybody's Changing/Kane. Fui em busca dessa música no 4shared e quando prestei atenção na letra...veio a calhar com meus pensamentos... Não é agradável quando isso acontece?!!!

Everybody's Changing (Keane)

You say you wander your own land
But when I think about it
I don't see how you can
You're aching, you're breaking
And I can see the pain in your eyes
Says, everybody's changing
And I don't know why
(Chorus)
So little time, try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same
You're gone from here
Soon you will disappear
Fading into beautiful light
'Cause everybody's changing
And I don't feel right
(Chorus Twice)
So little time, try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same

quinta-feira, maio 06, 2010

Informativo Especial ABA – 05/05/2010

Visitem o Portal da ABA
www.abant.org.br

Informativo Especial ABA nº 009/2010 – 05/05/2010

Nota da Diretoria da ABA sobre matéria publicada pela revista Veja (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010)
Frente à publicação de matéria intitulada "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), a diretoria da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), em nome de seus associados, clama pelo exercício de jornalismo responsável, exigindo respeito à atuação profissional do quadro de antropólogos disponível no Brasil, formados pelos mais rigorosos cânones científicos e regidos por estritas diretrizes éticas, teóricas, epistemológicas e metodológicas, reconhecidas internacionalmente e avaliadas por pares da mais elevada estatura cientifica, bem como por autoridades de áreas afins.
A ABA reserva-se ao direito de exigir dos editores da revista semanal Veja que publique matéria em desagravo pelo desrespeito generalizado aos profissionais e acadêmicos da área.

Nota da Comissão de Assuntos Indígenas-CAI/ABA
http://www.abant.org.br/conteudo/005COMISSOESGTS/Documentos%20da%20CAI/NotaCAI-ABA.pdf

João Pacheco de Oliveira
Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI


Associação Brasileira de Antropologia
Departamento de Antropologia/ICS/UnB
ICC Centro B1-349-65
Campus Universitário Darcy Ribeiro
70.910-900 Brasília, DF
Tel/Fax: (61) 3307-3754

Informação é um Direito, Esclarecimento é um Dever

     A Revista VEJA desta semana (05 de Maio de 2010) apresentou o seguinte artigo: "A Farra da Antropologia Oportunista", onde se propôs falar a respeito do trabalho de ONGs e agentes públicos na demarcação de reservas indígenas e quilombos. Defendendo que 90% (PASMEM!) do território brasileiro é constituído de áreas de preservação ecológica, reservas indígenas, quilombos e assentamentos, além das cidades, o principal argumento desta matéria é o de que estas concessões seriam um verdadeiro empecilho para a ampliação do agronegócio e, consequentemente, para uma melhor participação do país no comércio mundial. Mais neoliberal, impossível.
     Por conta deste argumento, esta matéria apresenta uma idéia distorcida a respeito das atividades e direitos dessas populações sobre as terras em que vivem. E desconsideram o modo como projetos industriais, de hidrelétricas, metalúrgicas, minas e garimpos, de produção de gás e petróleo, e madeireiras, por exemplo,  além do agronegócio, têm afetado as populações regionais, de áreas rurais cercadas por rios e florestas, de norte a sul do Brasil, onde ganha grande destaque a região amazônica.
     Como se não bastasse esse tipo de defesa dos direitos do consumidor em detrimento dos direitos humanos, VEJA se deu a liberdade de utilizar de uma linguagem fortemente desrespeitosa e irônica, tratando posseiros, ribeirinhos, índios e quilombolas como se fossem ora um "bando de espertalhões" ora um "bando de estúpidas marionetes", de forma absurdamente preconceituosa, referindo-se a respeito das práticas culturais destes como alegorias oportunistas.
     Mas, não contentes com mais esse abuso autoritário, os criativos criadores desta matéria utilizaram todo esse discurso para ridicularizar o trabalho dos antropólogos neste processo. E, ao esculachar o trabalho antropológico (os laudos antropológicos como eles dizem), não apenas suspeitando, mas acusando esse trabalho como fajuto, irresponsável e mentiroso, atropelaram as sérias instituições públicas de ensino e pesquisa, ofenderam seriamente seus profissionais (árduos pesquisadores) e ocultaram toda uma questão política mais abrangente, e muito grave, a respeito dessas populações.
      Não têm a menor idéia do que seja o trabalho do antropólogo, mas o objetivo é transferir esta opinião repugnante, desinformada e altamente autoritária a respeito de questões étnicas, de movimentos sociais, como a reforma agrária, em geral, para os empresários de plantão e toda sorte de leitores que enxergam o direito do outro como concessão e o de si como um poder.
      Para quem quiser ver a matéria na íntegra, encontrei neste blog: http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/farra-da-antropologia-oportunista.html
     Para quem quiser saber mais a respeito do desenvolvimento industrial e das políticas públicas em territórios rurais e suas influências sobre populações regionais, ficam algumas sugestões (me enviem sugestões também):
  • CASTRO, Eduardo V., ANDRADE, L. Hidrelétricas do Xingu, o Estado contra as sociedades indígenas”, cap. 1 do livro “As hidrelétricas do Xingu e os povos indígenas” SANTOS, L. e ANDRADE, L. (orgs.).Comissão Pró - Índio de SP, São Paulo, 1988.
  • PINHEIRO, M.Fernanda. B. “Problemas sociais e institucionais na implantação de Hidrelétricas: seleção de casos recentes no Brasil e casos relevantes em outros países”, Dissertação de Mestrado, Campinas: Planejamento de Sistemas Energéticos, FEM, Unicamp, 2007. disponível em www.fem.unicamp.br/~seva
  • RICARDO, F. e ROLLA, A. Mineração em terras indígenas na Amazônia Brasileira São Paulo: Instituto Sócio Ambiental – ISA, 2005.
  • ALMEIDA, A. W. B. de “ Terras de Quilombo, Terras Indígenas, Babaçuais livres, Castanhais do Povo, Faxinais e Fundos de Pasto: Terras Tradicionalmente ocupadas” Coleção Tradição & Ordenamento Jurídico, PPGSCA –UFAM, F. Ford, Manaus, 2006.
  • ALMEIDA, A.W. B. de “ Uma campanha de desterritorialização. Direitos territoriais e étnicos: a bola da vez dos estrategistas dos agronegócios” pp 33 – 36 in Proposta Revista trimestral de debate da FASE ano 31 no. 114 outubro-dezembro 2007, RJ.
  • GAWORA, Dieter “Urucu. Impactos sociais, ecológicos e econômicos do projeto de petróleo e gás “Urucu” no Estado do Amazonas” Manaus: Editora Valer, 2003.
  • ROTHMAN, F. “A expansão dos projetos de Barragens e de Mineração na Zona da Mata MG : articulando as lutas a favor da Agricultura Familiar” apres. Seminário Nacional Desenvolvimento e Conflitos Ambientais, Belo Horizonte, 2008 .
  • VALLE , Raul S. T. do “Mineração e hidrelétricas em terras indígenas: afogando a galinha dos ovos de ouro” pp 60 – 71 in Proposta Revista trimestral de debate da FASE ano 31 no. 114 outubrodezembro 2007, RJ. 
  • Meillassoux, C. - O sucesso da política de ajuda ao sobredesenvolvimento dos países ricos - in: Arantes, A.A. & Ruben, G.R. & Debert, G.G. (org.) Desenvolvimento e direitos humanos: a responsabilidade do antropólogo, Ed.Unicamp, 1992.
  • Almeida, M.W.B. - Desenvolvimento e responsabilidade dos antropólogos - in: Arantes, A.A. & Ruben, G.R. & Debert, G.G. (org.) Desenvolvimento e direitos humanos: a responsabilidade do antropólogo, Ed.Unicamp, 1992, 188p. 
    

terça-feira, maio 04, 2010

Cuide de sua vida

Piratas do Tietê - Laerte