quinta-feira, outubro 21, 2010

À Nossa Amizade

   Quando eu era criança, ter amigos era garantia de diversão. Elástico, esconde-esconde, pega-pega, amarelinha... Muitas risadas e o coração cheio de felicidade! Mas é claro que conforme fui crescendo percebi também que não podia evitar momentos difíceis entre meus amiguinhos. Me fazia bem mostrar a eles que eu estaria por perto em todas as situações. 
   Quando adolescente vieram os conflitos do coração. E eles estavam lá para mim, assim como eu estava lá para eles. Mas também vieram os shows, as viagens, o cineminha de quarta-feira, os aniversários... O coração, porém, foi ficando mais aflito. Inseguranças, responsabilidades, e muitos deveres pela frente. 
   Na faculdade vieram novos amigos, novas preocupações, inseguranças e conflitos do coração. Cartinhas semanais para lá e para cá e mantínhamos as fofocas em dia. Os anos passando, amores chegando, corações partindo. E os amigos lá, escutando, palpitando, torcendo, se abrindo. Mais responsabilidades, desejos, expectativas. Muita torcida, muito cansaço, algumas decepções. Encerrando um ciclo. Despedidas...
   Novas expectativas, novas moradas. Mudanças de idéia, de ponto de vista. Distanciamentos. Muito tempo. Aproximações. Um pouco de alento. E solidão... Só pra saber até onde a gente pode chegar. O mundo mudando. Muita pressa. Saudade que a gente deixa viver com lembranças, fotografias, cartas. Dúvidas. O futuro logo ali. Cada um seguindo seu caminho, precisando estar sozinho. 
   Muita coisa boa pro futuro. Muitos sonhos. Tudo o que me trouxe até aqui e me ajuda a continuar, em minhas esquisitices, com aquilo que eu tenho de bom. Muita gratidão, ainda que não pareça.
   Quem não precisa de amigos? Acho que nunca fui embora e nunca irei. Uma parte de mim está em todos lugares e não foi para lugar nenhum. Estarei sempre. Para o que der e vier.
   Mary & Max celebram tudo isso, da melhor maneira possível! Fica a dica.

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